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terça-feira, 19 de abril de 2011

Lições de um rebaixamento

William Von-Held é advogado, formado pela Universidade Estácio de Sá, Pós-Graduado em Direito Público, além de ser um apaixonado pelo esporte.  Atualmente escreve na página de esportes do Jornal Noticiário dos Lagos, é comentarista esportivo no Programa Na Jogada (Jovem TV – Canal 8) e atuou, também, no Programa Espião do Jogo (Lagos TV – Canal 7 e Cabo Frio TV – Canal 10). Já participou de transmissões de jogos pelo Programa Na jogada, Rádio Ondas e Rádio Sucesso. Escreveu colunas no Site e Jornal Na jogada.

William Von-Held
Mesmo estando apenas no primeiro semestre de 2011, a Cabofriense teve um ano para apagar da sua memória. Após a volta triunfal para a elite do futebol carioca, sendo campeão da Série B, o Tricolor Praiano não soube jogar apenas o suficiente para permanecer na Série A. Erros sucessivos acarretaram o descenso do time da Região dos Lagos, não cabendo a mim, um humilde colunista, julgar ou apontar os causadores desse rebaixamento.


A diretoria investiu no Centro de Treinamentos, o que gerou grande expectativa aos torcedores cabofrienses, no que tange ao retorno que isso daria em campo, mas ficou comprovado que só estrutura não resolve. É preciso planejamento. Cautela ao escolher um treinador e jogadores. É necessário contar com profissionais comprometidos consigo mesmo e principalmente com o clube.

Logo no início do Campeonato Estadual, o treinador Zaluar trouxe seus “jogadores de confiança”, preterindo os que aqui estavam. Lógico que isso acarretou em insatisfações. A questão não é ego, mas sim saber ter bom senso ao chegar num grupo formado, que conquistou a união sofrendo juntos numa Segunda Divisão. E assim um de seus pupilos aprontou na primeira rodada. O meio-campo Goeber fez dois gols contra na partida contra o Botafogo e depois virou personagem de matérias na televisão como se tivesse sido algum destaque. Acorda! A Cabofriense perdeu o jogo com esses gols. Era pra se preservar, se esconder, se retratar, e não se expor assim.

Findado o primeiro turno, uma grande reformulação aconteceu no plantel do Tricolor. Muitos chegaram e outros muitos saíram. Era necessário, mas ao mesmo tempo perigoso. Valdemar Lemos, o mesmo que fez uma ótima campanha em 2007, passou por aqui novamente e sei lá o que ele queria. Ficou em branco e não deixou saudades.     

Falo sobre comprometimento dos jogadores do time de Cabo Frio com propriedade, pois era notório o semblante dos atletas que participaram da campanha vitoriosa na Série B, que eram os que realmente estavam tristes, chateados e magoados. Os outros? Hum... devem ter pensado assim: “vou para outro clube e está tudo certo. Pra mim pouco importa”.A realidade é essa. Só resta lutar para voltar a Série A, como disse o goleiro Flávio, e torcer para que a equipe volte à elite o quanto antes, como disse os volantes Zotti e Marcelo Cardoso. Falei aqui parcialmente. Com muito coração. Talvez mais do que com a razão. Triste por ver um time que tinha pretensões, descer para um lugar que ninguém quer ficar e muito menos voltar. Ainda mais da forma que foi.
 
Ah! Tudo isso que aconteceu não pode ter sido em vão. Pode ser muito útil. Trouxe lições para todos. Sei e acredito que a diretoria já está trabalhando para consertar os erros, manter os acertos e não deixar passar por aqui novamente os peregrinos do futebol, os mercenários da bola, os que querem um lugar para passar o tempo. Eles se foram, mas o torcedor e o clube ficaram, só que agora tristes por ver o time abraçado pelo fantasma do rebaixamento.

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